Caminhoneiros da região devem aderir a protesto contra preço dos combustíveis
- Cachoeira in Depressão
- 20 de mai. de 2018
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Por: Redação Gazeta do Sul

A Associação dos Caminhoneiros do Centro-Serra está orientando os motoristas que integram a entidade a participarem da paralisação da categoria, prevista para começar às 6 horas desta segunda-feira, 21. O presidente, Cristian Zuchetto, diz que a recomendação é que eles fiquem em casa e não façam protestos na estrada, para não serem chamados de baderneiros e não criarem confronto com os que não aderirem ao movimento. A paralisação, anunciada quinta-feira, foi confirmada nessa sexta-feira pela Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), que convocou os motoristas autônomos do País a participarem do movimento, que é nacional e contra os tributos sobre o óleo diesel.
Conforme Zuchetto, a situação não pode continuar como está hoje, com o preço do combustível aumentando e a tabela de frete se mantendo a mesma de quatro ou cinco anos atrás. “E para se conseguir parar num posto de combustível para dormir, é preciso abastecer o caminhão”, frisa. A associação do Centro-Serra integra em torno de 70 caminhoneiros. A Abcam divulgou nota informando que a decisão de parar foi tomada após esperar, sem êxito até a tarde dessa sexta-feira, por uma resposta do governo federal sobre os pedidos da categoria.
O presidente da Abcam, José da Fonseca Lopes, relatou que a principal reivindicação é a retirada dos encargos tributários sobre o óleo diesel. A associação protocolou segunda-feira ofício na Presidência da República e na Casa Civil pedindo que o governo zere a carga tributária sobre operações com óleo diesel e também a isenção da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre a receita da venda interna de óleo diesel, a ser usado pelo transportador autônomo de cargas. “A necessidade que temos é essa e a nossa perspectiva é levar isso até o fim”, disse Lopes, ressaltando que a paralisação inicia segunda-feira e não tem data para terminar.
Política de preço
De acordo com José Fonseca Lopes, o óleo diesel representa 42% do custo dos transportadores autônomos. A entidade também busca discutir a política de ajuste do preço do diesel da Petrobras, que “prejudica o planejamento da categoria”. A Abcam tem 600 sindicatos e sete federações filiadas e representa de 600 mil a 700 mil caminhoneiros no Brasil. Lopes projeta adesão em torno de 60% a 70% da categoria até o meio-dia de segunda-feira. A associação prevê manifestações pacíficas, com apenas interrupção do transporte de cargas. “Queremos todo mundo em casa e, quem não puder chegar em casa, que pare em um posto de abastecimento”, observou.
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