Inverno começa hoje, confira como deve ser a nova estação em Cachoeira do Sul

Mesmo que as marcas desta quinta-feira, 21, fujam do que se espera para a estação mais fria do ano, o inverno, que começou exatamente às 7h07, terá mais dias frios em comparação ao ano passado. Essa condição não implica, entretanto, um inverno mais rigoroso, mas uma estação que se enquadra aos padrões históricos da temperatura. Ou seja, o inverno terá mais cara de inverno.

Conforme a Metsul Meteorologia, essa característica ocorre muito em função das condições do oceano. “O Pacífico Equatorial Leste, perto da América do Sul, apresenta águas mais frias do que o normal, o que favorece períodos frios no Rio Grande do Sul”, explica a meteorologista Estael Sias.

A chuva, segundo a projeção da profissional, não deve acontecer em excesso, como em 2015, ano do Super El Niño. “Haverá regiões do Estado que vão terminar o inverno com chuva abaixo da média, enquanto outras tendem a ter precipitações próximas ou acima do esperado. No geral, não há expectativas para um inverno muito chuvoso em 2018”, acrescenta.

Mesmo com as massas de ar frio mais presentes, a Metsul acrescenta que julho não deve ser tão rigoroso quanto junho. “Teremos ao menos uma ou duas incursões polares mais fortes.” Agosto e setembro também deve ter dias frios, com períodos até gelados, e frequentes alternâncias do calor para o frio (e vice-versa). “Mesmo durante o inverno são normais dias com calor em qualquer mês da estação”, explica Estael. Essas mudanças bruscas de temperatura podem vir acompanhadas de vento e tempestades mais severas, especialmente entre agosto e setembro.

História

A história do clima no Rio Grande do Sul, segundo pesquisas da Metsul, mostra muitos invernos que não chegaram a ser rigorosos, mas tiveram uma ou duas ondas de frio intensas, inclusive com nevadas, como em agosto de 1965. Segundo a meteorologista Estael Sias, se tornou lugar comum escutar “que não teve inverno” no ano passado. “É preciso lembrar que uma massa de ar polar no começo da segunda quinzena de julho trouxe neve para o Sul do Brasil e marcas muito abaixo de zero.”