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Índio vive isolado há 22 anos, após povo ser dizimado em Rondônia

  • Correio do Povo
  • 21 de jul. de 2018
  • 2 min de leitura

A devastação de terras indígenas em Rondônia tem um símbolo vivo de 22 anos. Este é o tempo que a Funai monitora um índio que vive isolado na Terra Indígena Tanaru. Um ataque de fazendeiros, em 1995, transformou o grupo deste homem - se acredita que eram seis pessoas - numa vida solitária e isolada do resto do planeta.

Conhecido como "índio do buraco", ele deve ter acompanhado de forma traumática a extinção do seu povo, conforme a Funai. "Na década de 80, a colonização desordenada, a instalação de fazendas e a exploração ilegal de madeira em Rondônia, provocaram sucessivos ataques aos povos indígenas isolados, num constante processo de expulsão de suas terras e de morte", relata a fundação.

No último avanço sobre as terras, apenas um indígena resistiu. Ele foi descoberto em 1996, após a localização de vestígios de seu acampamento. A partir daí, uma área de 8.070 hectares foi isolada e o monitoramento estabelecido.

Foram feitas tentativas de contato, a última em 2005, mas o índio mostrou claramente que não queria a aproximação de outras pessoas. Os servidores da Funai, desta forma, apenas deixam ferramentas e sementes para uso do homem. Algumas roças de milho, batata, cará e mamão, plantadas por ele, já foram registradas pelas equipes de vigilância.

Durante 10 anos de acompanhamento, a Funai identificou 48 moradias na região. A maioria com sinais de abandono por longo tempo. O índio isolado, nessas incursões, foi fotografado algumas vezes, sem nunca se aproximar.

"Esse homem, que a gente desconhece, mesmo perdendo tudo, como o seu povo e uma série de práticas culturais, provou que, mesmo assim, sozinho no meio do mato, é possível sobreviver e resistir a se aliar com a sociedade majoritária. Eu acredito que ele esteja muito melhor do que se, lá atrás, tivesse feito contato". comenta o coordenador da FPE Guaporé, Altair Algayer.


 
 
 

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