Ministério da Saúde lança Campanha de Aleitamento Materno
- Agência Brasil
- 27 de jul. de 2018
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A nutricionista Maria Rosa Rodrigues, 32 anos, é mãe do Leonardo, de 4 anos, e da Beatriz, de 1 ano e 11 meses. Pouco antes do primogênito completar 30 dias de vida, ela perdeu o pai em um acidente de trânsito. E, mesmo em meio à tristeza e às dificuldades, decidiu que não desistiria de amamentar o bebê. “Resolvi focar no meu amor pelo meu filho. E, naquele momento da amamentação, eu era feliz”, contou. Leonardo mamou até quase 2 anos, quando parou por conta própria, sem ter de passar pelo chamado desmame forçado. A irmã caçula, Beatriz, segue mamando até hoje, às vésperas do segundo aniversário.
A história de superação de Maria Rosa se repete em cada uma das mães que participaram da cerimônia de lançamento da Campanha de Aleitamento Materno, na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). A atriz e madrinha da campanha, Sheron Menezzes, compareceu ao evento acompanhada do filho Benjamin, de 9 meses. “É importante para mim estar aqui, emprestando a nossa imagem e conscientizando pessoas”, disse. “Amamento o Ben em qualquer lugar. Se meu filho tem fome, eu amamento. Não é vergonha não. É saúde para ele”, reforçou.
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O representante da Opas no Brasil, Joaquín Molina, descreveu a amamentação como um dos gestos mais generosos que podem existir, ao se dirigir às mães reunidas no salão principal da entidade. “Nunca esse auditório esteve tão lindo como hoje. Elas trazem uma mensagem de vida, de saúde e de bem-estar”, disse, ao destacar que o aleitamento funciona como uma primeira vacina para o bebê, já que protege de doenças potencialmente perigosas. Molina alertou, entretanto, que, nas Américas, pouco mais da metade das crianças é amamentada nas primeiras horas de vida, enquanto apenas 39% seguem mamando até os 2 anos.
“Amamentar é doar aquilo que é seu, que é gratuito, que é amor e que ajuda a salvar vidas”, disse o ministro da Saúde, Gilberto Occhi. Durante a cerimônia, ele lembrou que, na próxima semana, mais de 150 países – incluindo o Brasil – participam da Semana Mundial da Amamentação, promovida pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre os desafios no país, Occhi citou a ampliação de salas para amamentação dentro de empresas, instituições e nos próprios órgãos de governo.
Confira algumas recomendações e informações importantes sobre a amamentação:
A amamentação não deve causar dor. Se a mulher sente dor, deve procurar imediatamente uma unidade básica de saúde ou Banco de Leite Humano;
Não existe leite fraco. O leite da mãe tem os nutrientes necessários para o bebê. Por isso, amamente até os dois anos ou mais e de forma exclusiva até o sexto mês de vida;
Não dê chupetas, bicos e mamadeiras, pois podem levar o bebê a rejeitar o peito da mãe, além de causar problemas nos dentes, na fala e na respiração;
Não use medicamentos sem a prescrição de um médico. Alguns deles podem interferir na amamentação;
Não é recomendado dietas para emagrecimento. A mulher que amamenta precisa ter uma alimentação saudável;
Bebidas alcoólicas e cigarros devem ser evitados;
A mulher que usa drogas, como maconha, crack e cocaína, não deve amamentar.
* Informações do Ministério da Saúde

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